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quarta-feira, 30 de junho de 2010

HERÓIS DA INFÂNCIA. (SUPERMAN)

Super-homem, foi meu primeiro ídolo juntamente com Nacional Kid e Ultraman (Haiata). Mas eu o conheci primeiro da série de tv no seriado com George Reeves. Os quadrinhos do super eu viria a conhecer no início da década de 70 em SP. Tanto Super-Homem quanto Superboy eram leituras obrigatórias. Guardo na memória uma aventura desenhada pelo fantástico Jack Kirby, cujo o título infelizmente eu não me lembro. Eu teria que recorrer ao meu amigo Arthur Garcia para tanto, mas não vou incomoda-lo com isto. Sei que era protagonizada por um grupo de jovens e era um tanto assustador, aliás, Kirby sempre soube desenhar figuras bizarras. Criaturas hediondas era com ele mesmo. Cito este quadrinho em particular porque quando criança eu sempre via naquelas estórias nonsenses desenhadas pelo Curt Swan, um Super-homem todo poderoso e indestrutível, cuja única fraqueza era a malfadada kriptonita. Já neste comic do Kirby ele nada podia contra magia-negra e seres oriundos das trevas. E aquilo me provocou arrepios.
Concordo com a maioria, nunca haverá outro Clark como o saudoso Christopher Reeve. E apesar de várias ressalvas em relação a Superman Reborn, eu gostei do filme. Foi positivo na minha opinião, mas podia ter sido melhor com certeza. Quadrinhos? Há muito tempo não leio, só aquelas coisas legais do Alex Ross.


Esta pintura fazia parte do portfólio de super-heróis. Óleo em tela, fotografada com câmera digital, pois é uma pintura de grandes dimensões. Foi dada de presente a um grande amigo meu. Espero que ele tenha colocado na parede.

terça-feira, 29 de junho de 2010

PHOBOS E DEIMOS


É sempre assim, toda vez que sento para escrever, as idéias embotam. E olha que eu vim lá de dentro cheio de pensamentos na cabeça. Daqui a três anos completo 50, e não mudei nada desde que tinha 7 anos. Eu nunca amadureci. Sempre andei no mundo da lua, como se diz. Sempre cheio de fantasias .
Hoje em dia quando caminho para a padaria ou supermercado, por exemplo, minha mente não para, imagino um roteiro pra hq, como responderia tal pergunta se fosse entrevistado, qual desenho vou postar no blog e o que escreverei a respeito dele. As palavras me vem perfeitas.... até sentar diante do computador. Então dá um branco. Os doutores devem ter um nome pra isto. Talvez até um remédio, quem sabe?

Phobos e Deimos é o título de um álbum que idealizei faz uma pá de anos. meu livro homenagem onde tento exaltar tudo o que de alguma maneira construiu o que hoje eu poderia chamar de minha arte, quadrinistas da velha guarda, diretores de cinema obscuros, lutadores mexicanos, guitarristas, escritores pulp e segue por aí.

Como citei acima, estou sempre criando algum enredo. Os mais marcantes, acabam trancados num porão dentro da cachola. De quando em vez eles gritam querendo sair e quando posso eu os liberto. Transfiro o tema para o papel na forma de um arcabouço de argumento, depois eu roteirizo, em seguida desenho.  Meu processo é esse.

O passo seguinte,depois de arte finalizado, naturalmente, seria publicar e.... aí a coisa trava. Falemos claro, não existe mercado de quadrinhos no Brasil, existem excelentes profissionais isso sim, a maioria publicando lá fora. Maurício de Souza, e a velha guarda de cartunistas não contam. Eu poderia passar horas escrevendo aqui sobre os motivos porque eu acho que a coisa não decola, mas vamos apenas a algum exemplos:
Os mais óbvios: lê-se pouco neste país, quadrinho é um produto caro e, sem cerimonias, o salário que se paga ao brasileiro médio é uma merda. O público alvo hoje tá mais interessado em outras coisas como games e se relacionar pela internet (sei, eu sou um saudosista, um reacionário). E, francamente, há sim um preconceito em relação ao material criado aqui. Infelizmente, salvo honrosas exceções, a resistência é justificada, publica-se muita coisa de forma independente, títulos e mais títulos que os autores vendem nos festivais de quadrinhos. Muita coisa boa, outras nem tanto. Os sites e blogs especializados noticiam e fica parecendo que existe um mercado em aquecimento, e pra desilusão do artista ele não ganhou nada, a não ser o dinheiro por alguns exemplares vendidos e uma notícia sobre o seu trabalho (que vai ser esquecido não muito tempo depois). Alguns conseguem emplacar, é verdade, mas são exceções, não regra.

Este quadro, em parte é culpa dos autores de quadrinhos. Sei o que falo, conheço um monte deles. Não há união, não falo de panelinha, isto tem aos montes (e é o pior que pode acontecer pra uma classe qualquer que seja). O cara publica um material e já se sente um Jack Kirby, e aí ó, ele não conhece mais ninguém, fica com medo que outro tome o seu lugar.
Durante muito tempo eu culpei os editores, claro, tem um monte de picaretas por aí, mas o editor quer o mesmo que o artista, ganhar grana. Ele não é um mecenas. Se a coisa não dá dinheiro, o que ele pode fazer? Menos ego e um pouco mais de união aliada a uma boa divulgação do produto na minha opinião, seria uma forma de fazer a árvore crescer. A semente já foi plantada, há boas coisas nas livrarias, agora temos que fazer com que ela germine.
 
Phobos e Deimos, título mais que apropriado para esta postagem, foi concebido em Brasília e executado em Pernambuco. São sete histórias, cada qual com uma técnica distinta, de acordo com seu clima. Privilegiei  mais o conteúdo que a forma em todas as histórias. Ficou com 270 páginas. Foi a maneira que eu encontrei de extravasar algumas frustrações do período. Eu estava sem dinheiro e doente. Terminei o álbum em 2005. De início eu pensei que este livro tinha a cara da Ópera Gráphica, mas ainda enquanto ele era elaborado, o Franco desconversou. Depois mandei amostras para a Conrad, nunca me deram retorno. Guardei a coisa e decidi publicar junto com o último álbum do Zé Gatão de forma independente, só pra tirar estes esqueletos do meu armário. É só entrar uma grana e vamos ver.

CARNE CRUA, é a primeira. É uma hq de mortos-vivos muito, mas muito tempo antes deles virarem moda. Na verdade seria uma homenagem aos filmes do George A. Romero mas no fim ficou mais parecido com Lúcio Fulci por misturar zumbi com pornografia.

Na sequência ESPORÃO CALCÂNEO, triste como chuva de inverno.

Como gosto muito daqueles filme de ficção B dos anos 40 e 50 eu fiz ROMANCE ASTRAL.

EU A AMAVA MAS TIVE QUE MATÁ-LA, pra desopilar. Uma violenta estorinha com legumes e frutas.

MARCAS DO TEMPO pra provar que ele, o tempo, não perdoa nada, nem ninguém.

ENCONTRO MARCADO COM A MORTE AS TRÊS DA MANHÃ,o título já diz tudo.

E por fim, A IRMANDADE, o tema aqui é um lobisomem em tons edipianos. Saci , Mula Sem Cabeça e mais alguns mitos brasileiros na minha visão nada simpática deles.

Tentei colocar as imagens na sequência em que elas estão no álbum mas ainda não sei mexer direito no blog. Sorry.

Falei besteira demais por hoje. Boa noite a todos.


EU A AMAVA MAS TIVE QUE MATÁ-LA.

CARNE CRUA
MARCAS DO TEMPO
ESPORÃO CALCÂNEO
ENCONTRO MARCADO COM A MORTE AS TRÊS DA MANHÃ

ROMANCE ASTRAL
A IRMANDADE.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A MÃO E A LUVA ( CAPA )

A pressão, esta companheira tão presente na vida dos artistas, qual amante indesejada e sem modos, que o constrange, mas que o incita a terminar o que começou e lhe empurra para cima e nem mesmo cobra o reconhecimento que lhe é devido, voltou a bater na minha porta, bater não, esmurrar, quase pondo-a a baixo. Chegou às minhas mãos os dois livros que faltam, Dom Casmurro e Quincas Borba do Machado de Assis. Devo terminar Clara dos Anjos o quanto antes e dar início a estas duas obras. Isto e´claro, quando eu concluir as capas dos tomos que faltam. O tempo, qual namorado ciumento da amante, trabalha mais rápido que minhas mãos.
E por falar em capa, A Mão e a Luva foi concuída faz alguns dias. Junto dela, dois esboços preparatórios.
A amante já esta chamando por mim, preciso voltar à prancheta. Quem sabe eu não volte a este blog amanhã?



domingo, 27 de junho de 2010

O TEMPLÁRIO.

Esta aquarela foi publicada numa revista de história.
Não sei qual. Pra dizer a verdade nem eu vi. O editor pediu que a bandeira ficasse em branco
pois iriam inserir alguma coisa nela.
Tomara que tenha ficado bem impressa. Não sei se é com todos, mas eu raramente fico
satisfeito com as impressões das minhas artes.
É isso aí, um abraço a todos.

sábado, 26 de junho de 2010

O GRANDE NESTABLO.

Hoje eu quero falar sobre um artista ainda não devidamente reconhecido pelo grande público que lê quadrinhos. Uma das pessoas mais generosas que conheço e um dos desenhistas mais versáteis e incansáveis que já tive o prazer de ver em ação. Meu amigo Nestablo. Sua pena desliza pelo papel como se não necessitasse nenhum esforço. Enquanto eu quase rasgo o papel de tanto esboçar e apagar, até conseguir o objetivo, este cara delineia como se nem estivesse pensando no que faz. Eu o conheci no ano de 98 quando atuamos juntos numa empresa de comunicação em Brasilia. Eu na parte de quadrinhos e ele no setor de animação (sim, ele também e´um excelente animador). Trabalhamos por quase dois anos para um picareta, que como tal, ficou nos devendo uma bela quantia. Sorrimos e sofremos juntos. Acho que experiências assim tendem a tornar os homens irmãos, e é como eu o considero. Algumas artes eu preciso executar no tamanho A-3 e desta forma escanear em duas partes, posto que meu scaner, como da maioria, é do tamanho A-4. Como a placa de vídeo do meu PC é muito fraca eu não tenho photoshop, recorro sempre ao Nestablo para me auxiliar em serviços urgentes. É ele quem monta as artes pra mim. Serei sempre devedor. Ele também me levanta o moral quando estou lá embaixo. São essas pessoas que Deus coloca em nosso caminho pra tornar a jornada mais suave.
Lady Dragão, Carcereiros e Zoo. Três tipos distintos de tema, de traço e de execução. Há obras como as do Allan Moore que são meticulosamente trabalhadas, buriladas, até chegar ao ponto desejado. Outras, nascem das entranhas, motivadas pela fome de transmitir uma idéia, uma visão de mundo. Penso que o Crumb pertence a este segundo grupo e também o meu amigo Nestablo.  E a visão de mundo que ele demonstra através das suas criações, são sempre bem humoradas e positivas. Suas dores (e eu sei que ele as tem) ele mascara de maneira sutil.
Seu melhor e mais completo trabalho até agora é Zoo. E não é porque O Zé Gatão faz uma ponta lá no comecinho da estória, é que ela é boa mesmo. Experimente.
 Uma das qualidades que mais admiro em seu trabalho, técnicamente falando, é sua noção de espaço dentro de um quadrinho. É algo extremamente complicado de se fazer e ele resolve com muita competência. Isto sem falar no timing para o humor.
Este meu querido amigo tem também bom gosto para seriados de tv, quadrinhos e mulheres. Fique orgulhosa, não enciumada,viu dona Regina. Eu vou nessa. Uma salva de palmas para o grande Nestablo. 
  


sexta-feira, 25 de junho de 2010

O LIVRO QUE NUNCA FOI LANÇADO.

Oi, como vão vocês ? Eu vou indo obrigado, menos cansado hoje e um pouco mais relaxado após terminar uma das capas dos livros que estou ilustrando, mas não pensem que terminou, ainda faltam 10 desenhos mais a capa de "Clara dos Anjos" do Lima Barreto, na sequência, "Dom Casmurro" e "Quincas Borba" do Machadão. Ou seja, 40 desenhos mais 3 capas. È trabalho que não acaba mais. Mas pelo menos por hoje findou.
Falando em livros, em 2003 o lendário Franco de Rosa quando era ainda editor da extinta Òpera Gráphica, planejou juntar num único volume todas as hqs eróticas que produzi, incluindo a já comentada e inédita Noites Àrabes. As demais falarei sobre elas no futuro se Deus permitir. Para o tal livro cheguei a criar o título: "Vênus e Venenus". Nome inspirado ,digo sem modéstia. Pintei a capa e criei os textos para a abertura das histórias, como era comum nas edições daquela editora. Respondi inclusive a uma entrevista (a única que dei na vida). Somando tudo, eu creio que aquela seria uma puta edição (ou uma edição puta, dada o seu conteúdo). Ficamos aguardando o cronograma da editora e uma ocasião bem propícia para seu lançamento. Uma espera que dura até hoje. E a editora nem existe mais. Porque não saiu? O Franco pode responder melhor que ninguém. Mas eu  arrisco um palpite, a editora naquele período já não andava bem das pernas, as ediçõs nacionais vendiam mal, a minha com certeza iria encalhar todo o estoque. Sei não, pensando bem, acho que foi melhor Vênus e Venenus nunca ter conhecido a luz do dia. Acho que não caprichei em alguns desenhos e andava furioso naqueles tempos, de forma que isto ficou evidente em algumas histórias, chutei o pau da barraca em algumas cenas tornando-as chocantes demais. Uma delas acabou indo parar num blog especializado em hqs ponôs. Caso algém se interesse o link é este: http://hardhq.blogspot.com/2010/01/borboleta_6840.html?zx=62ed73029dce5c73
 Eu queria exibir a capa pra ilustrar esta postagem mas não achei o scan dela, aliás, nem sei se fiz. O original deve estar lá na casa da minha mãe. Mas achei o frontispício, ele vai ter que servir, foi feito em aguada. Ei-lo.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

T-SHIRTS (01)

Bem, parece que está tudo ok com minha internet e com meu computador. Até meu teclado está funcionando direitinho. Ótimo, espero que continue assim por um bom tempo.
Gosto de pensar que não fui eu que escolheu a profissão de desenhista, mas sim que fui escolhido por ela. É a única forma de não me sentir um masoquista. Não pensem que não gosto e não tenho satisfação pessoal com o que faço. Não há dinheiro que pague a sensação de olhar diante de sí aquilo que antes era uma folha em branco e ao final do esforço, visualizar uma imagem que desperte algum tipo de emoção. Adoro a minha profissão, mas muitas vezes batalhamos uma luta inglória. É comum por um trabalho bem executado não  receber nem mesmo o famoso tapinha nas costas, quando mais um pagamento decente. Isso sem falar num numeroso grupo de picaretas e sangue-sugas que lhe dão o cano. Quando você cobra o valor que acha justo (sempre abaixo da tabela para que seja aceito) e ainda por cima é chamado de careiro ou ladrão, aí é que pintam mesmo as dúvidas, se é viável viver disso ao invés de levar cachorros pra passear. Meu questionamento não é se vale a pena fazer arte, mas usar a arte como meio de vida.
Quando eu era solteiro e vivia com meus pais, eu nem reclamava, mas depois que arrumei família pra sustentar aí sim a coisa tomou uma outra dimensão, bem menos romântica. Este foi um dos motivos que me levaram a desistir dos quadrinhos. Pelo menos os MEUS quadrinhos. Vou tentar publicar os que já tenho prontos , mas insistir com minhas criações sem a perspectiva de que saiam por uma editora,  é o mesmo que esmurrar ponta de prego. Voltarei a este assunto em outras postagens quando eu for apresentando este material.
Ouve um tempo que criei estampas para camisetas. A primeira vez foi pra uma confecção em Brasilia. Zé Gatão nasceu ali. Se eu encontrar no meio da minha bagunça algumas daquelas primeiras artes, eu postarei aqui.  Em São Paulo me encomendaram uma série de desenhos pra um cara que nunca me devolveu os originais e me pagou reclamando que o valor era alto,apesar de ter esgotado todo o seu primeiro estoque de camisas. Pelo menos eu tive liberdade de criação. A primeira foi a minha visão do RanXerox e outra foi um leão atleta de jiu-jitsu, como podem ver nas fotos. Elas, aliás, foram as únicas lembranças daquele período conturbado. Queria ter aquelas artes.... Ainda bem que pensei em fotografar.


Bueno, preciso voltar ao trabalho. Boa noite.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A MÃO E A LUVA (02)

Minha internet voltou. Pelo menos é o que eu acho, algumas páginas da web não estão abrindo, sei lá porquê. Outro fato estranho é que meu teclado agora está pontuando de novo. Deve mesmo haver um maldito fantasma nestas máquinas, como rezam essas lendas. Bem, jogo rápido, as artes de hoje são duas ilustrações para o livro "A Mão e a Luva" do Machado de Assis. Se tudo der certo esta semana pretendo falar sobre um novo album (bom, nem tão novo assim) que tenho preparado, só esperando uma grana pra colocar na praça. Não. Você pensou errado. Não tem nada a ver com Zé Gatão. Aguardem. Beijos a todos.

domingo, 20 de junho de 2010

A CAPA DA VIUVINHA (DE NOVO).

A editora mudou de idéia mais uma vez. Decidiram agora que o autor das capas dos clássicos será realmente eu. Parece que é definitivo. Pra mim isto tem um lado bom e outro ruim.
O ponto negativo é que o prazo pra entrega das iustrações vai demorar mais um pouco, e o lado positivo é que agora todas as artes serão integralmente minhas.
Esta será a capa pra Viuvinha. Tive que pintar em um dia,pois o tempo não perdoa. Comentei                  num post anterior que esta peça seria colorizada no photoshop, não foi? Bem, preferiram uma pintura em aquarela.Aí está. Segue junto o desenho a bico de pena. pra comparação de técnicas.
E, sim, eu também fiquei feliz com a vitória do Brasil hoje. Até.

sábado, 19 de junho de 2010

A VIUVINHA (06)

Meus caros, boa noite.
Sem mais delongas vamos às artes; a última leva da Viuvinha.
Aproveitem o domingo. E vamos ver se o Brasil tem melhor desempenho que no
jogo de estréia.



sexta-feira, 18 de junho de 2010

ZÉ GATÃO (TAURUS)

Bom dia a todos. Enquanto na maior parte do Brasil, as chuvas findaram, aqui em Recife ela só começou agora. E já está causando estragos. Pessoas estão morrendo. Embora eu resida num ótimo bairro, o pé dágua que caiu ontem deixou parte das ruas a céu e mar. Este amigo a quem perturbo pra mandar meus e-mails, quase não pode entrar em casa. A vida as vezes é complicada.
Há muito o que comentar a respeito destes fatos cotidianos e eu até me sinto inspirado, mas o pouco tempo não permite, mas quero deixar registrado meu agradecimento ao Leonardo Santana por um excelente comentário que ele fez na net sobre o primeiro livro do Ze´Gatão. Divulgação é tudo que se precisa pra um produto dar certo (sei, nem sempre), e se mais pessoas fizessem como ele, quem sabe este personagem não vendesse mais? Fiquei sabendo hoje que este talentoso roteirista está lançando mais uma revista intitulada "Space Ópera". Parabéns Leonardo e sucesso nesta nova empreitada.
Outro dia destes eu ouvi o relato de uma irmã em Cristo sobre o ataque que seu marido sofreu por uma vaca louca. Ele não morreu na hora, mas a saúde do pobre nunca mais foi a mesma.Parece que ele faleceu uns meses depois. O incidente ocorreu proximo aqui da minha casa. Foi aí que lembrei destes desenhos do Zé Gatão feitos a toque de caixa com pincél e uma sobra de tinta nanquim.
Se formos acreditar que pra ser herói de verdade é preciso provar do próprio sangue então este felino se diplomou com louvor. O que vocês acham?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A VIUVINHA (05)

Hoje meu tempo está curtíssimo, há tanta coisa que resolver....
Pra piorar, a ausência da internet está me desatualizando.
Só uso este computador (de um amigo) pra enviar trabalhos pra editora
via e-mail e atualizar este blog.
Fiquem com mais duas artes da "Viuvinha".


terça-feira, 15 de junho de 2010

NÚ (01)

Bem, daqui há algumas horas o Brasil faz sua estréia na copa de 2010.
Não sou muito fã de futebol pra falar a verdade, mas quando o Brasil joga eu me deixo levar pelo entusiasmo da maioria dos brasileiros e fico na torcida. Acho que nosso time vai ganhar de goleada.
Assim espero.
Então, nada de conversa fiada, no post de hoje vai um nú que fiz a lápis de cor sobre um sulfite. Cara, essa é das antigas! O papel tá até amarelado!
Uma boa tarde (e bom jogo) a todos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A VIUVINHA (CAPA)

Boa noite pessoal, acreditam que minha internet ainda não voltou? Isso é caso de PROCOM meu !!!
O pior é que com o prazo para a entrega das ilustrações estourando, nem posso me ocupar disso.
Já liguei para a empresa de telefonia e informaram que vão mandar um técnico e até agora nada.
Bom, vamos ao ponto; a arte de hoje é a capa para o livro "A Viuvinha". Mas não será esta.
Explico. Devido ao prazo curto, não pude pintar a capa como fiz com o Alienista. A solução foi fazer a bico de pena pra ser colorizada no photoshop na própria editora, mas pra não fugir do padrão, a idéia deste desenho será pintada em guache ou aquarela por outro artista. Mas fica aqui o registro da concepção original.

domingo, 13 de junho de 2010

HERÓIS DA MINHA INFÂNCIA 02 (O INCRÍVEL HULK)

Meu caso de amor com o Hulk data de mais de três décadas. Não lembro o ano, mas recordo de um gibi desenhado pelo Kirby em que os Vingadores e o Quarteto Fantástico uniam forças contra o verdão ao ponto de mata-lo. Pelo menos era assim que terminava a aventura. O autor da façanha foi o Homem-Formiga e fiquei fortemente tocado. Eu curtia muito os desenhos da Marvel nos anos 70, e em 75 já com condições de colecionar revistas comecei a comprar as edições da Bloch. O Hulk era o meu preferido. Não sei, acho que me identificava com sua rejeição. De certa forma sempre fui atraido por esta idéia de personálidade múltipla e coisas do tipo "médico e o monstro". O seriado de tv com Bill Bixby e Lou Ferrigno, me interessou mais por ser, já naquela época, entusiasta do fisiculturismo. Embora muita gente critique, eu gostei do Hulk do Ang Lee, creio que ele conseguiu um bom equilibrio entre o drama e fantasia, só pesou um pouco nas tintas no final. Menos denso e mais divertido foi a versão com Ed Norton. Mas ver o Hulk em ação sempre foi um imenso prazer.
Em 92 quando regressei a São Paulo, eu pintei uma série de super-heróis a óleo. Meu objetivo era fazer um portfólio com este tema e levar na Editora Abril pra ver se era contratado pra criar capas, posters e essas coisas. Coitado de mim, logo me dei conta de que no Brasil não temos mercado nem tradição pra este tipo de coisa. Pelo visto de lá pra cá, a coisa infelizmente não mudou.
Por ter grandes dimensões, tive que fotografar este quadro do Hulk com uma câmera digital. Está em meus planos fazer tão logo possa, uma versão mais atual. O Hulk merece.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A VIUVINHA 04

Alô amigos e amigas, fiquem com mais duas imagens do livro "A Viuvinha" do José de Alencar.
Como ainda estou com problemas com a internet, se Deus permitir volto a este blog no domingo ou na segunda. Tenham todos um ótimo fim de semana.


quinta-feira, 10 de junho de 2010

ÓLEO SOBRE TELA (01)

Esta pintura foi feita as pressas pra uma das edições de "como desenhar e pintar" da Editora Escala.
Futuramente pretendo falar sobre esta coleção. A ideia era mostrar um passo-a-passo de como pintar uma tela a óleo. Tive que improvisar fotografando um conhecido num intervalo do seu expediente e corri pra casa pra executar a tarefa. O resultado aí está. O modelo detestou a pintura. Pena, eu gostei. Infelizmente não posso colocar a foto pra comparação. Uma, ela não esta mais comigo, duas, ele não permitiria.
Pintura a óleo é uma das minhas paixões e um dos meus maiores temores. A tela em branco me provoca pânico, por mais que eu planeje, nunca sei que resultado vai dar. As vezes sai bom, outras nem tanto.
Mas este é o grande "lance"da arte, não ter como antecipar o resultado.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ARABIAN NIGHTS (INÉDITA)

Olá amigos e amigas, espero que esteja tudo em paz com vocês. Eu continuo sem internet, mas como dizem, o show não pode parar, e eu tento atualizar o blog como as condições permitem.
Se não estou errado, no pífio mercado (quitanda é um termo melhor) de quadrinhos brasileiros, os únicos gêneros que deram certo por um tempo foram as hqs eróticas e de terror. Com certeza tem gente mais capacitada que eu pra discorrer sobre este assunto, portanto, sem mais delongas, vamos ao comentário sobre as artes de hoje. Vão aí algumas páginas de "Noites Àrabes", foi uma estória que criei em 2003 e não foi publicada. Até hoje não sei direito o porque, fui informado que esses títulos vendiam bem. Cheguei a publicar algumas hqs pornô com bom retorno, inclusive de grana. As que sairam, pretendo colocar algumas imagens aqui posteriormente.
Sempre procurei uma abordagem diferente nos quadrinhos que crio, algo que reflita um pouco o modo como eu sinto as coisa ao meu redor. Os quadrinhos pornôs tendem na maioria das vezes escambar para a mesmice ou paródia. Não tem que ser assim. Dá pra fazer algo sério e com bom roteiro. Pelo menos eu tento. Esta aqui foi um tipo "mil e uma noites". Usei lápis sépia. Deu um trabalhão danado. Tem um final inesperado, pena que não foi publicada. Mas nunca é tarde. Desculpem, mas tive que censurar a página dois pra não ter problemas com os mais sensíveis. Fiquem bem.

terça-feira, 8 de junho de 2010

A MÃO E A LUVA 01

Amigos e amigas, continuo sem internet, pra fazer este post estou abusando da boa vontade de um amigo. È horrível pagar por um produto e não poder fazer uso dele. Por isto existem tantos processos correndo contra estas empresas. Haja paciência!
Jogo rápido, os desenhos de hoje são de outro clássico do Machado, "A Mão e a Luva". Como podem notar, esta narrativa tem um traço mais simplificado.  Abraços a todos e gratos pela visitas.


sábado, 5 de junho de 2010

VIUVINHA 03

Quando me propuz criar este blog, prometi a mim mesmo deixa-lo sempre atualizado. Como já disse anteriormente, sigo alguns blogs de artistas que acho fantásticos, mas que cometem o pecado de ficar até várias semanas sem dar notícias.  Eles devem ter lá seus motivos, mas é um tanto brochante não encontrar novidades. De qualquer jeito, ontem eu falhei, a net me deixou na mão. Já falei pra minha esposa que na primeira oportunidade que Deus me der, vamos embora daqui, neste lugar (Jaboatao) nada funciona direito.
Mas chega de reclamações, estou incomodando um brother meu para para fazer o post de hoje, e não fica bem eu enrolar demais no computador alheio (aliás, reparem como este texto tem pontuação). A arte de hoje é mais uma cena do livro "A Viuvinha". Vamos ver como me saio amanhã, se a minha internet voltar.
Pra você, bom domingo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

MEU PERIODO "MOEBIUS".

O ano de 1994, foi meu ano Moebius. Ele nao chega exatamente a ser uma influencia na minha arte. Nao de forma direta, como podemos notar nos trabalhos de outros grandes mestres europeus como Milo Manara e Enki Bilal, por exemplo. Mas e impossivel nao se deslumbrar com as imagens fantasticas criadas por este frances doidao. Nem falo dos seus quadrinhos que sao arrebatadores, mas principalmente  suas ilustraçoes para os mais diversos generos de publicaçoes. Parece nao haver coisa que ele nao consiga traduzir em traços no papel.   Li uma coluna de um articulista no Diario de Pernambuco que dizia que o traço do Moebius visto hoje soa como coisa datada. Discordo. Ele e muito atual, e sempre sera. Na minha opiniao, nao ha pintura digital criada hoje em dia que faça frente a uma pintura acrilica do velho Gir. Suas astronaves, seus aliens, suas criaturas estranhas sao perfeitamente reconheciveis a primeira olhada.   
Exatamente no ano citado acima, eu fiz uma serie de aquarelas que imitavam aquele periodo exoterico dele.  Como sao pinturas bem grandes, nao tenho com fazer scans para postar aqui. Sobrou este lapis de cor que voce confere abaixo. Neste desenho,reuno alguns elementos pertinentes ao universo Giraud. Foi tambem no ano de 94 que comecei o primeiro album de Ze Gatao, e Moebius estava la presente, me dando soluçoes de como transpor as barreiras de um quadrinista iniciante.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A VIUVINHA 02

Mais uma cena do livro "A Viuvinha" do Jose de Alencar. Aqui procurei dar um tratamento diferenciado do livro anterior, "O Alienista".  Alias, para cada volume estou tentando uma finalizaçao que tenha a ver com o clima da historia. Pelo menos a maneira como eu sinto a narrativa.
No caso deste classico do Jose Alencar, o proprio nome sugere algo tragico. Pensei entao, numa abordagem mais soturna. O desenho em todos eles nao e formal, tem uma veia mais expressionista, mais estilizada. Nada de realismo ou perfeiçao das formas. Especificamente para este livro eu bebi na fonte de dois grandes mestres: o contemporaneo Richard Corben e o classico Maxfield Parrish.
As artes restantes serao mostradas aos poucos. Ate amanha, se Deus permitir.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O MENINO SENTADO NA BOMBA.

Rapaz, nao quero ficar aqui me repetindo, mas hoje a exaustao chegou no seu apice. Tambem pudera, tenho ido dormir muito tarde e acordo cedo, e estou vendo chegar a data limite que me deram e os desenhos estao longe de acabar.
Conclui "A Viuvinha" e ja iniciei "A Mao e a Luva". Tenho que voltar ao estudio e terminar uma arte antes de ir pra cama, por isto hoje vamos logo ao que importa. A imagem que voce confere foi criada pra uma revista de ilustraçoes e foi realizada a carvao sobre papel canson.   Ate´.

UMA GRATA SURPRESA E UMA PEQUENA DECEPÇÃO

 Boa noite a todos! Antes de entrar no assunto, uma satisfação aos que sentem simpatia por minha arte e pessoa, esses que torcem e oram por ...