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quarta-feira, 26 de junho de 2013

DA SÉRIE HISTÓRIAS JAMAIS CONTADAS, "AS DOZE MORTES DE ANABELLA COLOSTRO E A RUÍNA DE KIKO BAGALHODA".



Umas das idéias que mais agitaram minha cuca a alguns anos atrás foi a trágica história de Anabella e seu namorado Kiko, um marginal da pior espécie. Seria minha roadtrip em quadrinhos. Um casal muito louco aprontando todas pelas estradas. Muita violência e insanidade, nada seria poupado, velho, anão, preto ou aleijado. Até que num acidente bem feio eles topam com uma família extremamente bizarra, aí a coisa fica complicada de verdade, com direito a um feitiço que faria a protagonista ser morta pelo próprio namorado 12 vezes da piores formas possíveis ao longo da tentativa de reverter a maldição.

Mais um roteiro que ficou apenas dentro da minha cabeça, não escrevi nem desenhei nada e os detalhes se perderam em meio as tralhas de trabalhos comissionados e as poeiras do tempo, associado a um mercado de hq nacional inexistente.

A ideia surgiu após assistir a uma matéria que se propunha dissecar o que levava patricinhas a se envolverem com marginais. Não seria por dinheiro, então, o quê?
Bom, esta como tantas outras ficaram tamborilando em minha mente, até que, para meu conforto espiritual, a reservei num cantinho secreto da minha cachola.

Voltarei a este material? Dificilmente. O que temos por hora são esboços e esta aquarela que só acentuará a minha fama de sádico.



4 comentários:

  1. Eu tbm tenho o péssimo hábito de começar e não terminar criações próprias, mas já estou tentando reverter essa situação, tentando me disciplinar para não deixar nada para trás, sei que desanima o fato do mercado de hq no Brasil ser inexistente, mas vc já tem nome aqui, trabalhos muito bacanas que falam por vc, quem sabe vc não consegue a atenção de gringos?
    bjo

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    1. Salve, Bruna.
      Sabe, certa vez, batendo um papo com o saudoso Flávio Colin, ele me disse que tinha muitas ideias para suas hqs mas que desanimava e desistia ao se sentar na prancheta ao pensar em como os gibis gringos vendiam bem e o mercado nacional nunca decolava. Na época pensei que já que o nome dele era uma tradição ele bem que poderia fazer suas maravilhas nas horas vagas. Hoje entendo bem como ele se sentia. Criar quadrinhos é como gestar um filho, publica-lo é vê-lo dar a luz. Não obter o reconhecimento e o retorno pela obra é como não poder dar a esse filho a educação e condições que ele necessita para a vida. A conversa com o mestre foi em 1997, e de lá pra cá pouca coisa mudou. Creia, todos os esforços da minha parte já foram feitos e pra você ter uma ideia, Zé Gatão-Memento Mori tem uma continuação. A Devir prometeu a sequência para breve, talvez 6 meses do primeiro livro e já vamos para dois anos. Gostaria muito de botar no papel as histórias que bolo, mas seriam como filhos que não posso criar. O mercado gringo é algo que está no meus planos a muito, mas existem algumas barreiras, se tivesse alguém que me representasse, ajudaria. Não falo a língua, mas ainda não desisti.
      O tal nome que você diz que tenho, conquistado as duras penas, ajuda muito pouco. Dinheiro chama dinheiro, dizem. Mas a batalha continua e não parei no caminho.
      Obrigado por suas palavras e sugestões.
      Beijo.

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  2. Estou co a Bruna. Ainda que pese os contras do mercado de quadrinhos, seu nome e sua obra já têm bastante peso. Claro que viver só de Quadrinhos ainda é sonho para muita gente, mas é continuar nesse ritmo e talvez mais um pouco...
    Grande abraço,

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    1. Grato, Gilberto, mas é como respondi de forma breve para a Bruna, a vida de artista é muito complicada. Pra você ter uma ideia, a editora que me abastece atrasou demais o próximo livro que deverei ilustrar (nem me entregaram ainda) e todas as minhas contas vão atrasar. Para preencher a lacuna enviei e-mails para várias editoras e nenhuma me respondeu. Hoje não se fala mais com editor (esse - ainda - todo poderoso), passa-se e-mail e fica mais fácil ele te ignorar.
      Mas vamo que vamo. O show não pode parar.
      Abração.

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